covid-19

FOTOS: comércio vazio reflete as consequências do coronavírus

Natália Müller Poll

data-filename="retriever" style="width: 100%; float: none;">
Foto: Renan Mattos (Diário)

A reportagem do Diário foi às ruas na tarde desta quarta-feira para observar como o santa-mariense está se comportando diante das orientações dadas pelas autoridades e organizações, em relação à pandemia. E mais ainda, como isso se reflete no dia a dia do comércio local.  

VÍDEO: restaurantes registram queda de até 50% no movimento em Santa Maria

O trânsito de veículos com janelas abertas, vendedores parados na frente das lojas e corredores de shoppings vazios foram cenas recorrentes na nossa tour.

O Royal Plaza Shopping registrou uma considerável baixa no movimento e lojistas já percebem a queda das vendas. Segundo a gerente da La Santa Cafeteria, Laviolete Finard, as pessoas estão fazendo o que é certo: ficar em suas casas. 

data-filename="retriever" style="width: 100%; float: none;">

Foto: Renan Mattos (Diário)

Mas para aqueles que precisarão de atendimento, a cafeteria permanece aberta e seguindo todos os cuidados e orientações de higiene.

- A partir de quinta-feira, a rotina do shopping vai mudar. Trabalharemos todos os dias, do meio-dia às 18h. Já estamos tomando todos os cuidados necessários e reforçando as medidas de higiene, pois a nossa meta é não deixar que esse vírus chegue até nós - conta a gerente. 

No restaurante Mariah, a atendente de caixa Aline Vargas nos contou que o número de refeições no almoço diminuiu cerca de 70%.

Saiba quais serviços sofreram alterações por conta do coronavírus

A banca de livros da PP Livrarias, que fica próxima à Praça de Alimentação do Royal, registrou queda de 80% nas vendas. A proprietária Rose Lara conta ainda, que teve uma funcionária ausente, em função da mudança na grade de horário dos ônibus e que acredita que as atividades deveriam se encerrar por alguns dias, para evitar gastos e deslocamentos.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

No Shopping Praça Nova, o cenário se repete. Vimos pouca circulação de pessoas, lojistas preocupados e anúncio de novos horários de funcionamento. Na CS Computadores, a atendente Margarete Naisinge conta que a empresa já está ampliando os serviços de tele-entrega, para facilitar esse tempo de reserva do cliente em suas casas. 

- A gente já fazia entregas para alguns clientes em especial, mas agora ampliaremos este serviço para todos que ligarem para as nossas lojas pedindo qualquer produto - conta. 

Com os restaurantes, existe a possibilidade de funcionamento apenas através do serviço delivery. A funcionária do restaurante Camarão Express Emanuelle Josep contou que alguns restaurantes já estão avaliando esta possibilidade e que é uma medida importante. 

- É uma ótima possibilidade para as pessoas que querem se manter em casa, e ainda sim, comer algo diferente - ressalta a atendente.

Mercados

data-filename="retriever" style="width: 100%; float: none;">

Foto: Renan Mattos (Diário)

Nos mercados, a cena é contrária ao restante do comércio. Corredores lotados, prateleiras repostas a todo momento e clientes com carrinhos cheios.

O Supermercado Beltrame, da Rua Euclides da Cunha, estava cheio de clientes. Quem escolhia seus hortifrútis brigava por espaço, e quem aguardava na fila, desenvolvia táticas para agilizar suas compras - enquanto um familiar aguardava em fila, o outro buscava as mercadorias que faltavam. 

Papel higiênico, arroz, feijão, frutas e verduras foram itens que estavam presentes na maioria dos carrinhos.

Hospital de Caridade não tem caso confirmado de coronavírus, afirma médico

No Supermercado Stangherlin, da Rua Visconde de Pelotas, o cenário se repetia. Muita gente comprando itens básicos de alimentação, como arroz, feijão e carnes, assim como produtos de limpeza - principalmente alvejantes e desinfetantes, já que o álcool gel está em falta, e voltará às prateleiras somente na semana que vem.

data-filename="retriever" style="width: 100%;">
Foto: Renan Mattos (Diário)

O proprietário, Eduardo Stangherlin, não acredita que os clientes estejam estocando alimentos.

- Eu acredito que o volume de compras aumentou porque a lógica se inverteu. Antes, com trabalho e escola, passava-se mais fora de casa, então comia-se mais fora de casa. Agora que a orientação é não sair muito, as pessoas vão se alimentar mais em suas residências e por isso estão comprando mais alimentos no mercado - pondera Eduardo. 

A exemplo dos restaurantes, grande parte dos mercados da cidade passaram a operar através de aplicativo de entregas ou vendas por telefone. O Supermercado Beltrame vende online pelo app do Ifood, e o Supermercado Stangherlin opera através do app Delivery Much.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

VÍDEO: limpeza dos ônibus é intensificada para prevenção ao coronavírus

Próximo

Clubes de Santa Maria suspendem atividades por causa do coronavírus

Geral